Existe um termo para a escassez de água que é chamado de estresse hídrico, que define regiões e populações que já sofrem com racionamentos de água ou não têm acesso à água potável. E, com o uso desenfreado e falta de políticas de conservação, a água tem se tornado cada vez mais preciosa.
Cerca de 2,6 bilhões de pessoas já passam por essa situação no mundo todo. Os recursos hídricos sofrem principalmente com o aumento de atividade econômica, consumo de carne e crescimento populacional. Com isso, a busca por soluções e alternativas está em pauta, uma vez que é necessária políticas de reutilização e proteção da água.
Os principais países que já sofrem com a falta de água são: México, Chile, áreas da África, Sul da Europa e no Mediterrâneo. O Brasil ainda não entra na lista, apesar de ter regiões com parâmetro “baixo-médio”. Paquistão, Índia, Eritreia, Turcomenistão e Bostuana já enfrentam a carência de água.
O cálculo foi feito pela plataforma Aqueduct 3.0 do WRI, que analisou a quantidade de água disponível nestas regiões e as retiradas. Quando a proporção excede 80%, o alerta surge.
No Brasil, a região que tem mais carência de água é o Distrito Federal. Enquanto que a região Norte detém 80% da água potável, mas representa apenas 5% da população de todo o Brasil. Já as regiões costeiras detém 3% dos recursos hídricos, mas corresponde a 45% da população. E esse desequilíbrio é um dos principais problemas atuais, a nível global.
Alguns países já encontram soluções para os problemas hídricos. Israel é um dos países que é líder mundial em tecnologia para gerenciamento da água. Cingapura também construiu um abastecimento de água sustentável, que recupera e capta água de forma inteligente. As ações de conscientização também salvaram a Cidade do CAbo, na África, do “Dia Zero”. A capital chegou perto de ficar sem abastecimento em 2018, após 3 anos de seca intensa na região. Como solução, a prefeitura e parte da sociedade entraram com medidas para evitar o racionamento, como a dessalinização, a recuperação de água de esgotos e a perfuração de poços em aquíferos.
Tarifas e restrições de consumo também foram importantes para criar a conscientização na população. Com estas medidas, em 18 meses a cidade reduziu o consumo em mais de 50%.
Assim, estas ações servem de exemplo para países onde a seca ainda não é uma ameaça, mas que ajudará a evitar que este dia chegue.